Não Mendigue Amor, Muito Menos Atenção

E hoje a gente vai falar sobre mendigar amor e carinho.
E eu vou trazer um exemplo prático para que você possa entender o que eu estou falando.

Quando você está na rua e um mendigo se aproxima de você pra te pedir alguma coisa, observa bem quais são os sentimentos que surgem?
Pode surgir pena da pessoa, pode surgir tristeza pela situação da pessoa, pode surgir um incômodo porque você não pode ajudar como você
gostaria de ajudar ou naquele momento você não tem dinheiro nenhum e não pode ajudar nada. Enfim, todos os sentimentos que surgem naquele momento eles são ruins.

Não tem nada de bom que surge quando alguém te implora alguma coisa e você percebe que ela necessita daquilo que você não tem como ajudar. E quando você implora amor e carinho para o outro, você está implorando ao outro para suprir o
vazio existencial dentro de você. Existe um sentimento dentro do outro que sabe que ele não tem como te ajudar e se ele não tiver mais a fim, ele não tem como te dar mesmo aquele amor aquele carinho então, fica insuportável pra ele e gera um incômodo pra ele.
O que ele vai fazer? Vai se mandar, vai embora.

Então, se você acha que implorar muito carinho é uma forma de fazer com que o cara venha, não vem. Ela vai embora porque você vai gerar um incômodo enorme nela. Não é racional entendeu? Não é combinado, acontece dentro dela esse sentimento ruim e ela fica o máximo que ela vai ter por você pena. Então assim, para de fazer isso! E outra coisa importante: Por que você está fazendo isso?

Gente, olha pra você mesmo, falta o que tua vida? A pergunta é: Falta o que na minha vida?
Se eu estou precisando de amor e carinho, como eu posso receber amor e carinho?
Como é que eu posso me dar amor e carinho?
Como é que eu posso cuidar de mim?

Se você está nessa situação, está faltando muito amor e carinho que você tem que se dar, porque quando você acha que o outro é que tem que te dar, você está colocando a sua vida na mão do outro. O outro te deu amor e carinho, você está feliz. Se outro não te deu amor e carinho, acabou… Então, se faça a pergunta certa.

A pergunta certa é: Como eu posso eu posso dar para mim amor e carinho?
O resto é só a acrescentar. O amor e carinho que vem do outro é um plus, é um algo mais é algo que acrescenta porque a minha base de amor e carinho está farta, está completa.

Ofereça a Sua Ausência a Quem Não quer a Sua Presença

Uma coisa bem assim é legal… sabe, que é: ofereça a sua ausência para quem não quer a sua presença. Isso é difícil pra caramba porque existe um mecanismo que é, o medo da rejeição dentro de você.
Quanto mais parece quanto mais parece que o outro não te quer, mais você quer. Porque você precisa provar para você que não está sendo rejeitado, que aquilo é só uma sensação estranha, que na verdade está acontecendo alguma coisa mas o outro te quer sim. Entendeu?Ele só não está ali. Então, esquece, para com isso! Se o outro não está a fim, se o outro não quer, se o outro está te esnobando,sai fora.

Para de insistir nisso porque somente duas coisas podem acontecer:
Uma é você virar um saco na vida pessoa, porque se o outro não quer e você está ali “por favor olhe pra mim, por favor fala comigo, por favor me ama, presta atenção em mim”, nossa você vai se tornar cada vez mais insuportável para o outro não é verdade?
Ou a segunda coisa: você vai alimentar uma doença que o outro tem.

Qual é a doença do outro? É ter alguém rastejando atrás dele o tempo inteiro. Ele vive disso, se nutre disso. Ele é um grande vampiro de energia e você está ali nutrindo ele com a sua insegurança, nutrindo ele com a sua baixa autoestima. Você está nutrindo ele o tempo inteiro com o seu desespero e medo de rejeição. É bom isso também? Não é!

Quem quer estar do teu lado, está do teu lado. Quem quer te dar atenção, está te dando atenção. Quem amar você, está amando você, juntinho de você, seguindo com você, construindo uma vida com você. Se o outro não quer sua presença dá para ele a tua ausência, vá embora. Muitas vezes, quando você dá pra ele a tua ausência é natural até que a ficha caia e que a
pessoa perceba “nossa tô sentindo falta dela”.

Agora, se ele não tá te dando a presença você está insistindo, aí meu amor, ele vai embora. Ele vai correr, ele vai fugir e isso só vai reforçar o seu senso de rejeição. Então, escolha por você, decida por você e vai viver tua história. Ninguém tem que te querer. Você que tem que querer, e você que tem que se amar e você merece isso e muito mais!

Amor mal resolvido?

É difícil aceitar quando a paixão impede de enxergar com clareza, mas se é mal resolvido não é amor. Pode render prazer momentâneo e encontros divertidos, mas depois você se encontra sozinho, com ligações não atendidas, mensagens não respondidas, encontros desmarcados. Sofre, chora e imagina o que poderia ter sido.

Certamente você também conhece alguém que tem – ou teve – um relacionamento complicado. Ou já viveu um deles. Relacionamentos cheios de idas e vindas. Brigas e pedidos de paz. Também conhece muitas as pessoas que se envolvem com quem já têm alguém. Que amam quem não quer nada além de uma noite. Que desejam um relacionamento, mas se envolvem com quem diz não estar preparado para isso.

O que são amores mal resolvidos se não amores não correspondidos? É difícil aceitar quando a paixão impede de enxergar com clareza, mas se é mal resolvido não é amor. Pode render prazer momentâneo e encontros divertidos, mas depois você se encontra sozinho, com ligações não atendidas, mensagens não respondidas, encontros desmarcados. Sofre, chora e imagina o que poderia ter sido.

Aprendemos que amar é sofrer. Que o amor tudo aceita, tudo suporta, tudo espera. Mas não é amor se faz sofrer. Não é amor se não tem tempo para você. Não é amor se faz declarações, mas não te assume. Não é amor se jura que vai separar, sai de longe para te ver, mas não resolve a vida para estar com você definitivamente. Não é amor se não faz nada para ter mais do que encontros espaçados. Não é amor se não te inclui. Não é amor se sente vergonha de você. Não é amor se só te procura para ter contato físico.

O amor sempre procura uma solução. Por maiores que sejam as diferenças. Quem ama procura resolver os problemas. Encontra uma maneira de estar junto. Faz com que as coisas se ajeitem. Amor é descomplicado, é simples, é prático. Não deixa as pessoas inseguras, com medo, chorando, arrependidas no dia seguinte.

Histórias de amor mal resolvidas são sempre histórias unilaterais. De pessoas apaixonadas, que fazem de tudo para estar com alguém, ou aceitam estar com alguém sempre que ele tem tempo. Não há mal nenhum nisso, desde que a pessoa não se sinta usada e não esteja esperando mais do que algumas horas de prazer.

Os apaixonados, no entanto, não se contentam com pouco. Querem mais. Querem sempre. Romantizam suas relações acreditando que o outro ama igualmente e só não pode assumir alguma coisa no momento. Acreditam em todas as palavras do outro para justificar que não podem ter nada além do que ele pode dar.

São muitas as histórias de pessoas que vivem por anos relacionamentos que não se concretizam, que não evoluem, que não criam laços, esperando que as coisas mudem. Mas não mudam. São amores mal resolvidos? Ou desamores?

E, mais uma vez, não há problema algum em ficar com alguém por anos sem que o relacionamento ganhe um rótulo. Desde que ambas as partes estejam cientes de que é isso e nada mais. Não sonhem com mais. Não esperem por mais. E não acreditem que é mais um amor mal resolvido.

Depois que naveguei na profundidade do amor próprio, nunca mais naufraguei em sentimentos rasos. (G. Figueiredo)

Fonte: Amor Crônico

Se o Relacionamento sufoca, está na hora de Sair

Vivemos tempos de teorias contraditórias: se ele te ignora, ele gosta de você. Se ela não atende sua ligação, está fazendo charme para valorizar o relacionamento. Se ambos não se falam é uma forma de aumentarem a saudade e preservarem o relacionamento. Resumindo: ao amor deixou de ser um sentimento para se tornar um jogo de egos inflados.

Sempre acreditei que o amor deveria ser um privilégio de pessoas maduras e sensatas. Pessoas constantes, que sabem o que querem e que não abandonam a relação na primeira crise, já que entendem que, amar significa entrega, exposição das fragilidades humanas misturadas a um turbilhão de sentimentos intensos. Porém, não sempre assim que acontece. Por algum motivo desconhecido, as pessoas estão mais carentes a cada dia e o rótulo de “relacionamento sério” está valendo mais que um diploma de faculdade. A lei é essa; ama-se qualquer um, de qualquer jeito e em qualquer lugar.

As pessoas não entendem (ou não querem entender) a diferença entre “amor genuíno” e “amor inventado”. Talvez porque, se descobrirem, serão obrigadas a tomar um posicionamento diante dos fatos e isso exige coragem.
Amor genuíno acontece quando estamos leves, sem bagagens do passado, quando não projetamos no outro a responsabilidade da própria felicidade.

É quando entendemos que o verdadeiro amor não faz charminho, não fere, não vai embora. Quando chega, faz morada. Cria raiz. Já o amor inventado é pura aparência. É como uma réplica de um aparelho celular: a aparência engana, mas o sistema operacional nunca será o mesmo.
Amor não sufoca, não prende, não aperta. Quem faz isso somos nós, como nosso comportamento infantil de ciúmes sem motivos e de brigas desnecessárias. A verdade é uma só: quando temos que forçar para acontecer, não é amor.

Relacionamentos não foram criados para machucar pessoas que se amam. Pelo contrário, foram criados para que haja trocas mútuas de experiências de vida e crescimento pessoal e afetivo.
Não dá para aceitar que o medo de ficar só, seja maior que o de sofrer em um relacionamento abusivo. Não dá para preferir o rótulo de “casada infeliz” do que o de “solteira”. Não dá para aceitar traição acreditando não merecer coisa melhor. Não dá!

Sejamos realistas: quem demonstra não se importar, realmente, não se importa. Não é charme, joguinho ou orgulho. É desinteresse! Então, abra seus olhos, feche seu coração e abra sua vida, somente, para quem merece.

Não tema a solidão, não se diminua para caber no mundo dos outros, nem quebre seus limites em troca de aceitação. Quem não te ama na totalidade, simplesmente, não te merece.
Mais importante do que querer viver um grande amor, é ser capaz de se amar primeiro.

Fonte: Entrelinhas Literárias

Quando se ama, a Fidelidade é um Prazer e não um sacrifício

O amor resiste ao tempo, à distância, às doenças, à falta de dinheiro, à falta de conforto, mas jamais sobreviverá à falta da verdade.

Muito se discute sobre a fidelidade, sobre sua importância ou não, entre outros. A questão é que se trata de algo cuja importância diz respeito a cada casal, pois o que vale para um nem sempre valerá para todos. É assim com tudo na vida. O amor não precisa de contrato, mas sim de que cada parceiro saiba exatamente o que o outro requer, para não agir de modo a quebrar expectativas e promessas.

Se, desde o princípio, a fidelidade for um pré-requisito que tranquilize os sentimentos do parceiro, não haverá outro comportamento aceitável que não o do comprometimento em não sair com mais ninguém. Não existe, aliás, relacionamento em que não seja necessário fazer concessões, pois teremos que abrir mão de certas coisas, para ganharmos outras. Roda assim a manivela do mundo.

Nesse sentido, caso a pessoa não queira conceder em nada, em nenhum aspecto que seja, então terá que se contentar em viver sozinha e, se possível, longe da sociedade, porque a convivência social, por si só, já nos impõe o estabelecimento de limites, para que não se ultrapassem os terrenos alheios. Além disso, a mentira é muito cruel com quem atinge, ainda mais quando há amor verdadeiro envolvido. Dói muito.

Na verdade, não devemos criar expectativas demais, ainda mais quando o outro já nos dá indícios de que não corresponderá ao que tanto idealizamos. Da mesma forma, não conseguiremos encontrar alguém perfeito, ou seja, aceitar os limites do outro será necessário, para que também sejamos aceitos naquilo em que não agradamos. Ainda assim, muitas vezes o outro é que nos enche de ilusões e promessas, sendo as expectativas trazidas por ele mesmo. Daí a pessoa vacila feio e quebra tudo de uma tacada só.

A gente já sofre tanto por amor, porque a vida vai tirando as pessoas, os momentos, os animais de estimação, muitos sonhos, tanta coisa sai sem razão aparente. Não é justo termos que sofrer também por amar alguém que promete o que já sabe que não cumprirá. A gente se engana de propósito, sim, mas há pessoas que enganam deliberadamente, sob falsas aparências. Ninguém teria que passar por decepções amorosas; ninguém.

Temos que aprender algo bem simples: o amor resiste ao tempo, à distância, às doenças, à falta de dinheiro, à falta de conforto, mas jamais sobreviverá à falta da verdade. Como dizem, quando se ama, a fidelidade então será um prazer e nunca um sacrifício.

Fonte: Prof. Marcel Camargo

Por que tanta urgência em assumir um novo relacionamento?

Hoje, após uma longa conversa com duas amigas na faculdade, voltei para casa com essa quase certeza, a de que, lamentavelmente, somos mais descartáveis do que um par de sandálias que compramos na feira da esquina.

Não, não estou me referindo à nossa indiscutível fragilidade diante desse planeta extraordinário. Trato aqui sobre a nossa condição descartável nos contextos relacionais. Não sei, ao certo, se essa é uma tendência contemporânea, ou se sempre foi assim. Mas, carrego comigo a sensação de que, no passado, as pessoas eram mais apreciadas, respeitadas ou consideradas.

Sendo mais direta, já perceberam a rapidez com que as pessoas são substituídas? Não existe mais aquela história de dar um tempo para colocar as emoções em ordem quando um relacionamento acaba. Calma, leitor(a), não me refiro à uma paquera ou uma “ficada” qualquer, falo de casamentos de décadas que são desfeitos e, na semana seguinte, um dos que compunha aquele ex casal, ou ambos, já está assumindo aos quatro ventos, um novo relacionamento nas redes sociais. Expressões como “minha vida”, “alma gêmea” e “amor eterno” são pronunciadas e compartilhadas com tanta desenvoltura que chegam a constranger os amigos e os familiares do ex casal.

Parece não haver o mínimo de respeito pela imagem do(a) ex, é como se, de uma hora para outra, a história que viveram fosse reduzida à uma fumaça que se dissipou no ar. Pouco importa o sentimento dos filhos, pouco importa se o(a) ex está em sofrimento pela ruptura da relação, o que importa mesmo é mostrar ao mundo que está “amando” e que a “fila andou”. Mas que amor é esse, tão instantâneo, se na semana passada estava se declarando para outra pessoa nas redes sociais e a atmosfera que envolvia o ex casal parecia digna desses filmes açucarados que passa na sessão da tarde? É impressionante a capacidade ultra rápida que o ser humano contemporâneo adquiriu para amar e deixar de amar. É tudo 8 ou 80, ou seja, ou é amor para incendiar tudo ou é gelo total para quem, apesar das dificuldades da convivência, agregou muito na vida do outro.

Basicamente, funciona assim: hoje você é o amor da vida de alguém, mas na semana que vem, você corre o risco de se resumir a um contato bloqueado, algo descartado que não merece a mínima consideração. Ah, e as redes sociais, que foram o palco para as demonstrações do amor efervescente e eterno, se transformarão no cenário perfeito para destilar o rancor e o veneno destinados à(ao) ex. E é tão deplorável assistirmos a esse espetáculo vergonhoso. É praticamente impossível não sentirmos a vergonha alheia nessas horas. Homens ou mulheres supostamente maduros(ao menos cronologicamente), ofendendo e expondo o(a) ex parceiro(a), trazendo à tona aquilo que era para ser tratado em reservado, ridicularizando aquele(a) que um dia foi o “príncipe” ou a “princesa”.

Tudo bem, desde que o mundo é mundo, os relacionamentos são desfeitos e essa tendência está cada vez mais crescente. Mas qual a necessidade de provar para todos que já superou o relacionamento anterior? Seria uma maquiagem, uma forma de mascarar uma provável ferida que ficou? E por que tanta necessidade de ferir e ridicularizar aquele(a) com o(a) qual compartilhou a vida, os sonhos e os projetos, ainda que tenha sido por um curto período? O que esconde essa ânsia de se vingar e de se mostrar imune às dores que são inerentes a qualquer ruptura relacional? Independente das motivações que levaram ao término do relacionamento, acredito que caberia o mínimo de respeito e consideração, até porque o respeito é aquela roupa que veste bem a qualquer corpo, ele sempre será bem vindo, sempre será bonito…ele nunca sairá de moda.

Diante de tudo isso, eu desenvolvi uma percepção diferenciada. Especialmente, nas redes sociais, tenho tido muitas amostras de que, quanto maior a exposição e a necessidade de impressionar com um “romance dos sonhos”, maior a fragilidade e vulnerabilidade dessa relação. E, muito provavelmente, existe, nos bastidores, uma bagunça emocional oriunda da ruptura da relação anterior, que por imaturidade ou orgulho a pessoa entende que não deve esperar um tempo para por a casa interna em ordem para, no momento oportuno, relacionar-se novamente sem a necessidade de alfinetar o tempo todo aquele(a) que um dia foi o(a) parceiro(a) Como dizia minha saudosa avó materna: quando você ouvir muita trovoada, é sinal de pouca chuva.

Escrito por: Ivonete Rosa

A vida fica mais leve quando a gente prefere florir, em vez de ferir

Ninguém consegue ser feliz tornando o outro infeliz; ninguém consegue sorrir causando lágrimas nas pessoas; ninguém há de ficar tranquilo ferrando a vida das pessoas à sua volta.

Viver é um exercício/ diário de calma, paciência e tolerância, uma vez que nossos dias são compostos por muitas dificuldades e nossos relacionamentos encontram vários entraves ao longo dos dias. Embora já estejamos cansados de saber, nunca será demais lembrarmos que é necessário que nos tranquilizemos, que apaziguemos as lutas travadas em nosso corpo e em nossa alma, caso desejemos sobreviver com mais serenidade e qualidade de vida.

Também não poderemos esquecer de que grande parte de nossa calma e de nosso equilíbrio deverá partir sempre de dentro de nós. O exterior, as pessoas de fora, os acontecimentos à nossa volta, tudo o que independe de nossas vontades, enfim, causarão muitos dissabores, trarão quebras de expectativas, tomarão de volta o que pensávamos ser nosso, ou seja, às vezes cairemos por rasteiras do que foge ao nosso controle. A gente ferra muito com a própria vida, mas tem muita gente que acaba nos ferrando também.

É muito comum dizerem que a felicidade depende somente de nós, que somos nós os causadores de nossas mazelas, no entanto, muita coisa que vem nos derrubar e contrariar parte de outras pessoas, ou mesmo vem num redemoinho de acontecimentos incontroláveis dessa vida improvável. Mesmo que tenhamos um propósito absurdo de sermos felizes, nosso caminho jamais estará isento de pessoas e de acontecimentos que teimam em nos empurrar para baixo. E isso esgota, cansa, escurece a nossa alma.

Por essa razão, o melhor que temos a fazer é manter uma postura positiva, um comportamento ético e solidário, sem cair na tentação de trilhar os caminhos mais fáceis da desonestidade, da corrupção, da degradação moral, da desconsideração pelo outro, do egoísmo que passa por cima de qualquer um. Porque ninguém consegue ser feliz tornando o outro infeliz; ninguém consegue sorrir causando lágrimas nas pessoas; ninguém há de ficar tranquilo ferrando com as pessoas à sua volta.

Já temos tantos aborrecimentos com os quais precisamos lidar diariamente, são tantos tombos acumulados ao longo de nosso caminhar, tantas decepções, lágrimas e dor. De que, então, servirá qualquer atitude maldosa de nossa parte? O que ganharíamos nos tornando amargurados, rancorosos e sementes de dores a serem espalhadas por aí?

Sejamos nós o equilíbrio em meio às tempestades, a luz que vence a escuridão, o amor que conforta e acolhe. O bem que disseminarmos, afinal, também se refletirá em nossas vidas e na vida de quem caminha conosco e é dessa forma que não nos demoraremos nas noites frias que virão.

Fonte: Prof. Marcel Camargo

Para quem quiser julgar meu caminho, empresto meus sapatos

Quantas vezes você já teve que lidar com o julgamento alheio? Além de enfrentar todas as dificuldades diárias, também precisamos, às vezes, “engolir sapos” e carregar o peso da opinião de terceiros sobre o que fazemos ou deixamos de fazer.

Dizer que isso simplesmente não nos afeta pode, às vezes, não ser verdade.

Fazer ouvidos surdos a esses comentários, que ousam julgar nossas ações, nem sempre é fácil. Sobretudo se vêm da boca de pessoas importantes para nós: nossa família, amigos, professores, chefes, pessoas que consideramos autoridades e cuja opinião respeitamos.

Um verdadeiro amigo ou familiar não se atreveria a nos julgar sem conhecer a fundo nossas emoções ou todos os momentos vividos que carregamos sobre os ombros e em nosso coração.

Empreste seus sapatos, porque ninguém melhor do que você para conhecer a dor dos caminhos percorridos, os rios que teve que atravessar, as dificuldades que precisou enfrentar, às vezes sem pedir ajuda a ninguém… Hoje, convidamos você a refletir sobre isso.

O caminho que construímos e que nos definem

Você não é apenas essa pessoa que vê refletida no espelho. Não é apenas sua forma de vestir, ou as palavras que profere às outras pessoas.

Você é o seu caminho percorrido durante a vida, todas as suas experiências vividas e integradas no fundo do seu ser… Ninguém melhor do que você para saber o que motiva suas ações.

A própria pessoa apenas sabe o que teve que superar, suas decepções, dores, derrotas ou vitórias e o preço que pagou por cada uma. Então, por que algumas pessoas ousam, às vezes, a nos julgar sem saber, como se fossem donas de uma sabedoria universal?

Dois motivos comuns:

— As pessoas acostumadas a julgar os outros geralmente são as mais frustradas na vida.
— São pessoas insatisfeitas consigo mesmas que projetam sua necessidade de controle e intervenção nas vidas alheias.

É comum que muitos de nossos familiares tenham o hábito de nos julgar: “Você é muito ingênua, por isso que essas coisas acontecem com você”; “Você precisa amadurecer e enfrentar a vida como ela é”.

Julgam-nos com a intenção de nos ajudar e nos oferecer ensinamentos, mas na realidade nos desejam “encaixar” na maneira como eles pensam, de acordo com o que acham certo, errado ou mais adequado para nós.

Às vezes, quem julga seu caminho busca justificar a sua própria vida, desacreditando as outras pessoas. Diminuindo as escolhas dos outros. Infelizmente, isso é muito frequente.

Crítica construtiva sim, julgamento, não

Na realidade, quando essas pessoas nos julgam, não usam argumentos válidos, que sejam construtivos. Quase sempre buscam o ataque, a afronta ou o desprezo. Seus raciocínios são muito limitantes.

O que falta a esses “juízes” que adoram julgar os outros é a autocrítica. Não são capazes de valorar os seus próprios atos, suas palavras, para perceber que também cometem erros e que são capazes que causar danos a outras pessoas. Limitam-se a projetar suas críticas em outras pessoas.

Em geral, pessoas acostumadas a julgar nosso caminho não têm uma vida autêntica, com sonhos, paixões, amores e afetos que as ajudem a relativizar as coisas e abandonar o hábito de focar tanto na vida dos outros.

Como se defender dos julgamentos alheios

Frequentemente, dizemos a nós mesmos: “isso não me afeta”. Pode ser verdade, sobretudo quando o julgamento vem de um colega de trabalho ou de alguém com o qual não temos um vínculo mais íntimo. Esqueceremos com facilidade.

Mas o que acontece quando um amigo, seu companheiro ou um familiar julga o seu caminho?

Nestes casos, é comum que nos sintamos ofendidos e até mesmo feridos. A primeira coisa a fazer é manter a calma e refletir a respeito das seguintes afirmações, que servem para proteger nossa autoestima:

— “Eu sei quem eu sou, sei o que já superei e tenho orgulho por cada passo do caminho, por cada aprendizado que obtive a partir de meus erros”.

— “Apenas eu tenho o direito de me julgar, porque somente eu sei como me sinto e o quanto sou feliz com minha maneira de ser e com tudo o que consegui até hoje”.

Após haver reafirmado sua autoestima, evite revidar com comentários hostis, prejudiciais, vingativos. Se demonstrarmos desprezo ou raiva, será mais difícil superar os sentimentos negativos, e eles farão ainda mais dano.

Expresse sua decepção. Deixe claro que ninguém tem o direito de julgar você assim e que o simples fato de fazê-lo demonstra que não o conhecem bem. Portanto, é como se fosse uma traição, nos casos mais abusivos, quando a outra pessoa tem o objetivo de controlar, manipular ou usar você de alguma maneira.

Liberte-se de relacionamentos opressivos

Quem se atreve a criticar seus caminhos e suas experiências sem uma intenção pura de realmente desejar o seu bem, prova que não é um bom companheiro de viagem. E não importa que seja sua mãe, irmão, irmã, marido ou esposa.

Quem não aceita que, em alguma ocasião, você cometeu um erro e o julga por isso sente na verdade muita falta de amor por si mesmo e não se perdoa por seus próprios erros. Quem se vê como alguém que nunca comete erros ou toma decisões ruins carece de autocrítica e de empatia.

Se no dia a dia você apenas recebe julgamentos das pessoas ao redor, no fim, se sentirá escravizado pelas opiniões alheias. Não permita isso.

Nesses casos, será bom refletir se não vale mais a pena se distanciar de quem é incapaz ou não quer ver o seu valor, a luz que você transmite e a inteireza de sua vida.

Fonte: A soma de todos os afetos

Todos os dias o seu silêncio me diz que eu fiz o certo ao me afastar

Eu sempre tive certeza que a decisão que eu tomei era mesmo a mais acertada. Mas, às vezes, principalmente no início, eu me pegava me questionando: “E se…?”. E se eu tivesse feito diferente, e se eu não tivesse demonstrado tanto, e se eu tivesse dividido a atenção que eu oferecia a você com um outro alguém? E se eu tivesse sido menos exclusiva, e se eu tivesse te tratado como alguém sem tanta importância pra mim? E se eu tivesse te amado menos?

Nós nunca sabemos o impacto que alguém vai causar em nossas vidas até que abrimos a porta e deixamos aquela pessoa entrar. O fato é que eu quase fechei a porta pra você. Foi por muito pouco que não te ignorei como forma de finalizar aquele nosso primeiro contato. Quando você pediu meu telefone, eu tive o impulso de te excluir, mas ao contrário disso, te ignorei. Fiquei dois dias sem te responder, eu não sabia o que fazer. Por fim, num impulso, te mandei meu número já pensando nas desculpas que eu haveria de te dar para te ignorar sem culpa.

A vida nos surpreende e ela me surpreendeu muito quando causou o nosso encontro. Não foi no primeiro nem no segundo encontro que eu me apaixonei. Mas desde a primeira vez que conversamos pessoalmente, eu percebi que ali havia uma mente pensante e eu sempre me atraí muito por pessoas inteligentes. Ao te conhecer melhor, sentimentos surgiram. Com o tempo, evoluíram. Me envolvi, relutei, mas por fim me entreguei e posso dizer que foi um caminho sem volta. Te amar menos era impensável, ter sido menos exclusiva do que fui não era alternativa pra mim. Eu nunca me envolvi com mais de uma pessoa simultaneamente. E agora que eu amava alguém eu iria fazer isso? Esse tipo de jogo não cabia na minha vida. Se eu te perdesse, que fosse por amar demais e nunca por valorizar de menos. Eu não estava disposta a errar. Não com você.

Mas nenhuma relação depende apenas de uma só pessoa. E com o tempo eu fui obrigada a encarar a verdade: você não queria ser amado, pelo menos não por mim. E amar alguém que não quer ser amado é mais que arriscado, é atestado de sofrimento. Apesar de tudo, eu ainda estive disposta a ficar ali. A tentar transpor barreiras. Mas de onde eu tirava obstáculos, você construía muros. Nós dois não tínhamos os mesmos objetivos, um dia você disse. E você disse nada menos que a verdade. Eu terminei aquilo porque não havia caminho mais acertado que o fim.

Por mais que eu tivesse certeza desta decisão, como eu disse, às vezes me perguntei se aquilo era o melhor (era o mais certo, mas seria o melhor?). Procurei nas músicas, nos livros e nos astros resposta para os meus questionamentos. Em vão. Nada me respondia. Meses se passaram sem que eu encontrasse esclarecimento. Foi só então que eu percebi que meses se passaram e você se manteve calado. E o seu silêncio dizia tudo, ele era a resposta que eu procurava. O seu silêncio me mostrou todos esses dias que eu fiz o certo ao me afastar.

Fonte: Nat Medeiros

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