Um dos maiores problemas em falar coisas ruins para você mesmo é acabar acreditando nelas. Claro, que se outros também te falam coisas ruins, você pode acabar acreditando, mas a opinião mais importante será sempre a sua.
Você pode colocar limites sobre o respeito que o outro deve ter ao falar com você, mas esse limite só vai funcionar se você também o respeitar.
A crenças são muito poderosas porque o seu cérebro faz de tudo para mostrar que aquilo em que você acredita é verdadeiro. Isso mesmo!
Eu já falei sobre isso em vídeo, várias vezes. Seu cérebro é um executor, ele é poderosíssimo para fazer algo, mas não sabe escolher o melhor pra você.
Seu cérebro é um servo e não um mestre.
Vou te dar um exemplo: Se você acredita que é uma pessoa burra, seu cérebro vai fazer de tudo para criar situações em que ao final você conclua “viu, como sou burra, mesmo?”.
E por que ele faz isso?
Porque ele dá a você aquilo que acredita e não aquilo que precisa.
Se você acorda pela manhã se sentindo bem, alegre e diz “que dia lindo, hoje será ótimo!”, seu cérebro vai dizer “ela está se sentindo bem e quer mais disso, vamos dar mais disso pra ela, vamos fabricar substância de bem estar no corpo dela”.
Se você acorda se sentindo mal, pra baixo e diz “estou péssima hoje, será um dia ruim”, seu cérebro vai dizer “ela está se sentindo mal e quer mais disso, vamos dar mais disso pra ela, vamos baixar os níveis das substâncias de bem estar”.
É muito importante cuidar dos nossos pensamentos, da nossa fala e sentimentos.
Imagine você acreditando em coisas como “não sirvo”, “não sou boa o suficiente” e por aí vai?
É claro que bom trabalho feito para resgatar sua autoestima ou desenvolver seu valor pessoal são fundamentais, mas é possível começar a dissolver essas crenças.
O que eu quero dizer é que existem técnicas e ferramentas específicas para trabalhar cada crença, dissolvê-las e mudá-las. Porém, existe uma forma bastante eficaz de você começar a fazer isso agora 😉
Primeiro é preciso identificar as crenças. Você precisa saber quais são para trabalhar com elas.
Escreva cada uma numa folha de papel.
Escolha uma crença para trabalhar. Só trabalhe com uma de cada vez, uma a cada semana. Você precisa sentir isso.
Vamos supor que a sua crença seja “eu sou burra”.
Olhe essa frase no papel e pergunte-se: Isso é verdade?
Depois pergunte-se: Eu tenho certeza absoluta de que isso é verdade?
Depois pergunte-se: Alguma vez eu fui inteligente?
Veja bem, não pode fazer isso num momento em que esteja com raiva. Precisa de paz para fazer isso. Precisa ser honesta ao responder as perguntas, nada de autopiedade ou raiva de si mesmo ou não vai funcionar.
Acredite, no momento em que você começa a questionar suas crenças, duas coisas acontecem:
1- Se a crença é questionada, ela já não é mais tão “certa” assim. Seu cérebro começa a se confundir com isso.
2- Mesmo que não encontre respostas sólidas na hora, seu cérebro continuará a procurar por ela e de repente, você vai encontrar.
Eu sei que você é muito mais do que consegue ver agora 😉
Então pare de falar coisas ruins e negativas para si mesmas. Elas vem na hora da raiva e estão carregadas de muita emoção. Trabalhe as crenças, mude o foco e comece a se tratar melhor.
Léia Carvalho