Por que você não arruma um Namorado?

Você não entende como não começa um relacionamento, como não se apaixona novamente, como não muda de vida. Reclama da ausência de opções. É bonita, inteligente, divertida.

Minha hipótese é que não abandonou o passado. Mantém flertes com o ex indiferente, ou continua saindo com sujeito que jamais assumirá o romance. Raciocina que, enquanto não vem o escolhido, o príncipe, pode se entreter com velhas paixões.

Mas todos pressentem quando uma mulher está enrolada, todos intuem o caso mal resolvido, e não se aproximam. Não virá ninguém para espantar os corvos e dissolver essa atmosfera pesada de Prometeu. É trabalho em vão soterrar o precipício. Mulher desinteressada é impossível. Ninguém ousará quebrar o monopólio de sua dor.

Você cheira a encrenca, cheira fidelidade a um terceiro. Seus ouvidos estão lentos, sua boca paira em distante lugar, seus olhos se distraem seguidamente. Não tem brilho na pele, porém tensão nos ombros. Sua respiração é um poço de suspiros.Vive ansiosa por notícias, por reatos, mensagens. Não presta atenção, não se entrega para as casualidades.

Quem enxerga fantasmas não vê os vivos.Não dá para começar um novo amor sem abandonar os anteriores. Errada a regra que a gente somente esquece um amor antigo por um novo. Está com o corpo fechado, costurado, mentindo que já não sofre mais com as cicatrizes.Espera herança, não sai para trabalhar ternuras. Mendiga retornos, não cria memória. Sua nudez não responde ao pedido da curva. Nem balança com a música favorita. Está tomada do carma, do veneno, do ressentimento.

Pensa que está bem, mas está em luto. Uma mulher em luto não permite arrebatamentos, afasta-se na primeira gentileza que receber, recusa a prosperidade das pálpebras piscando nos bares e restaurantes.

Você nunca vai encontrar seu namoro, seu casamento, sua paz, se não terminar de se arrepender. É preciso guardar o máximo de ar, ir ao fundo, descer na tristeza e nadar para longe dela.

Não amará outro alguém sem solucionar pendências, sem recusar o homem que não a merece, o homem que não vai embora e tampouco fica.

Não amará outro alguém sem abandonar algumas horas de alívio em motéis.

Não amará outro alguém se não bloquear as recaídas, se insistir em ressuscitar as promessas. Uma mulher nunca será inteira se mantém romances quebrados.

Nunca estará presente. Nunca estará aqui.

Entenda, minha amiga, só ama quem está disposta a ser amada.

Autor: Fabrício Carpinejar

É impossível ser feliz ao lado de quem reclama de tudo

Existem pessoas que nunca parecem estar bem, uma vez que jamais passam um dia sem enxergar problemas pela frente. Se estão em férias, sentem-se entediadas; se estão trabalhando, vivem cansadas; se estão viajando, reclamam do hotel; se estão bem de saúde, alguma preocupação perturba.

Por mais que saibamos que a felicidade praticamente depende de nós mesmos, de como encaramos a vida, os fatos, os dias e suas atribulações, tem gente que parece ter o dom de impedir a paz de quem estiver ao seu lado. Se já é difícil mantermos certa serenidade nesse mundo violento de hoje, em que crises econômicas pipocam aos quatro cantos e o trabalho nos toma muito tempo e energia, torna-se quase impossível sorrirmos perto de pessoas que só reclama e criticam, e pior, em voz alta.

Existem pessoas que nunca parecem estar bem, como se nada pudesse satisfazê-las, uma vez que jamais passam um dia sem enxergar problemas pela frente. Se estão em férias, sentem-se entediadas; se estão trabalhando, vivem cansadas; se estão viajando, reclamam do hotel; se estão bem de saúde, alguma preocupação perturba. Sempre se sentem incomodadas com alguém que dizem lhes tratar mal, com o chefe que dizem ser deseducado, com o amigo que dizem ser ausente.

Da mesma forma, nada do que dissermos ou fizermos por elas surtirá algum efeito positivo, nada terá o poder de retirar-lhes do círculo vicioso das lamúrias e da infelicidade constantes. Por mais que tentemos, por mais que mostremos o lado bom das coisas e/ou das pessoas, nada as convencerá de que muitas causas de suas queixas infinitas encontram-se nelas mesmas. Estão por demais acostumadas a olhar somente para fora de si, com olhos negativistas, portanto, voltar o olhar para si será uma tarefa impossível.

Isso não quer dizer que não devamos tentar ajudar quem esteja perdendo o que a vida tem de bom, de tanto que carregam olhares ruins, tampouco nos impede de tentar compreender que aquele comportamento certamente possui um histórico pessoal difícil. Não podemos julgar as pessoas somente pelo que vemos hoje, pois elas já passaram por muita coisa até então, ou seja, conforme o grau de nossa proximidade com elas, cabe-nos orientá-las nesse sentido.

Mesmo assim, caso não consigamos promover mudança alguma no comportamento do outro, caso ele mantenha uma postura pessimista, reclamando e se lamuriando além da conta, isso acabará por interferir na nossa vida, pois é praticamente impossível conseguirmos sorrir ao lado de alguém negativo demais. Daí a importância de mantermos ao nosso lado gente do bem, gente positiva, gente que luta, para que não desistamos de buscar a felicidade, para que nossos sonhos não sejam neutralizados pela negatividade de ninguém.

Fonte: Marcel Camargo

Quem sofre por amor? Você ou seu Ego?

Os dramas amorosos são sempre tão usados nas tramas de novelas, filmes e letras de músicas.
Mas será que o amor verdadeiro realmente nos faz sofrer? Ou será que não é mais fácil culpar o fim de uma relação fracassada ao invés de confrontar um outro sentimento não tão bonito assim?
Olhar para o ego quando ele está ferido pode não ser uma tarefa fácil, mas extremamente necessária para uma nova visão sobre o amor, uma visão mais simples, leve e doce. E vamos deixar os dramas apenas na ficção!

Sobre aquele clichê: “Só aprendemos na dor, só crescemos no sofrimento.”. Será que não falta um ponto de interrogação nessa afirmação? Pois se nós não formos capazes de analisar mais friamente, os momentos que mais sofremos podem ser exatamente os que menos aprendemos.

Nos relacionamentos amorosos, por exemplo, algumas vezes sofremos, nos martirizamos, temos a certeza que somos a maior vítima do mundo e que ninguém nunca poderá entender a nossa dor, a tal dor de amor. Mas vamos confessar que se fazer de vítima tem lá o seu glamour e o seu clima “rodriguiano” pode ser realmente tentador. Rímel borrado, cabelo bagunçado, cair lentamente Atrás da Porta enquanto escuta o clássico do Chico Buarque com o mesmo nome, reler as cartas de amor, ver as fotos e depois rasgá-las. Sem dúvida, todo esse drama mexicano é no mínimo instigante!

Mas muitas vezes estamos tão mergulhados no cenário dessa bela encenação que fica realmente difícil aprender ou refletir sobre alguma coisa além do próprio drama, muito pelo contrário, após tudo isso, normalmente voltamos a ter a mesma atitude infantil e procurar um culpado ou uma justificativa externa para tudo aquilo que sentimos ou ainda pior, voltamos a praticar os mesmos erros nas próximas relações. Meus caros, sinto informá-los, mas as respostas para esses conflitos estão em único lugar, com uma única pessoa e inseridas em um outro pensamento bastante clichê: Sim, dentro de cada um de nós.

Já parou para pensar porque às vezes sofremos tanto? Porque grande parte dos términos são sempre doloridos? Porque as relações não podem ser mais simples? Afinal, quem disse que amor rima com dor? E você já se perguntou quem sofreu por “amor”? Você ou o seu ego? Nosso ego pode ser tão mal trabalhado quanto nosso conceito de amor.

Quando tomamos um pé na bunda, por exemplo, muitas vezes já sabíamos que a relação estava acabada, que o sentimento havia mudado e que o que nos prendia àquela pessoa era simplesmente o medo de ficarmos sós ou de recomeçar. Mas nos paralisamos pelo medo e continuamos a empurrar vergonhosamente a relação com a barriga, com o pé e com o corpo inteiro. Até que chega o momento em que o corajoso, do outro lado, resolve por um fim naquilo que já estava fadado ao fracasso! E então, o que fazemos após o término? Choramos, nos descabelamos, quando o mais sensato seria ficar aliviado, feliz e desejar o bem daquele que teve um ato de coragem pensando na felicidade de ambos! Não vou ser hipócrita e afirmar que não sentimos saudade e falta do convívio; mas o drama é completamente desnecessário! É simplesmente o nosso ego falando mais alto e implorando por atenção.

E o papel dos nossos parceiros nessa história toda? Afinal é assim que eles deveriam ser vistos, como parceiros, pessoas com vontades e vidas próprias, que tem o direito de ir e vir, de chegar e dizer adeus. Mas algumas vezes nós somos capazes de transformá-los em nossos “salvadores” ou até mesmo nas próximas vitimas dentro do nosso mundo encantando de Alice no qual tendemos a ser muito mais a Rainha de Copas atrás do príncipe encantado do que a própria Bela Adormecida. Pois é, contos trocados, carências saciadas, mas nenhum sentimento verdadeiro mencionado.

Somente quando sentirmos a dor e pararmos para analisar mais calmamente é que talvez possamos entender que tudo isso está muito distante do real significado da palavra amor, inclusive o amor próprio, que já deve ter se perdido no meio de tanto drama. E compreender que o verdadeiro amor é doce, é leve e sabe valorizar quando o outro está e compreender quando o outro precisa ir. O amor então poderá se sobrepor ao egocentrismo. O drama e a encenação não serão mais necessários. E a descoberta do amor próprio poderá levar a sensações muito mais verdadeiras do que qualquer drama mexicano!

Fonte: Debora Delta

Quando não é recíproco, não vale o esforço

A não ser que você seja um grande fã de Platão e das obras de Shakespeare, as paixões platônicas não são uma boa opção de relacionamentos. Elas fogem da normalidade, machucam e tiram a paz de quem as sentem.

O conselho é clichê, mas é uma das maiores verdades que há: não existe amor sem reciprocidade. Você pode ler todos os artigos sobre “como conquistar alguém”, pode ser a pessoa mais encantadora do mundo e pode ter viajado o mundo todo, mas não serão essas as atitudes que farão alguém gostar de você. E o motivo é simples: as pessoas são livres para amarem quem quiserem.

Por comodismo ou medo, as pessoas permanecem em relacionamentos frios e predestinados a fracassar. Insistem até o último momento porque o rótulo de “relacionamento sério” é o que mais importa. A sociedade está acostumada a um amor de novelas, aos turbilhões de sentimentos e ao frio na barriga na escala fahrenheit. Dão mais valor ao “eu te amo” do que as atitudes que comprovem a frase.

A verdade é que as pessoas deixam se iludir por situações conveniente a elas. Acreditam no “não ligou porque perdeu meu telefone” ou “é só medo de se entregar”, porque acreditam ser menos doloroso do que enfrentar a realidade.

Algumas pessoas, simplesmente, não valem o esforço. Não valem as noites mal dormidas, os encontros cancelados, nem as indiretas no facebook. Quando há interesse é quase automático o ato de “fazer acontecer”. Quem quer, dá um jeito de ter. Quem se importa, volta para se desculpar. Quem ama demonstra.

Então, meça suas ações e verifique se a oferta não está maior que a procura. Não insista quando perceber que você não é prioridade, nem arrume desculpas para o desinteresse alheio. Há pessoas que simplesmente não valem a música que você dedicou a ela.

Dias atrás li um texto do Carpinejar que me fez refletir sobre isso: “A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. De solidão, chega a do ventre que durou nove meses.”

Seja recíproco: dê o que você espera receber do outro, mas não insista no que não é dado de forma espontânea. Algumas coisas não valem o esforço que fazemos.

Fonte: Entrelinhas Literárias

Não seja opção, seja prioridade

Somos humanos, somos sentimentos, não podemos achar que conseguiremos ficar tranquilos sendo a segunda ou a terceira opção das pessoas, aceitando o desprezo que convém aos interesses alheios, o descaso de quem só nos enxerga quando quiser, quando estiver sozinho.

Em tempos de relacionamentos fugazes, interesses líquidos e amores fracos, fica difícil mantermos nossa autoestima em um nível minimamente coerente. Fica difícil conseguir encontrar pessoas que conseguem se aproximar da gente de forma transparente e incondicional, saindo de si, do próprio mundinho, doando-se com generosidade sincera, mostrando-se disposta a fazer concessões, a parar bem de pertinho.

As pessoas, entre outras coisas, também são movidas por interesses, no entanto, ultimamente, parece que somente o que temos a oferecer em termos de materialidade é o que mais pesa na aproximação de quem nos procura. As necessidades atrelam-se majoritariamente ao que traz conforto material, popularidade, visibilidade social e status; ou seja, aquilo de mais precioso que temos dentro de nós não chega a valer nada.

Por isso é que algumas pessoas deixam de nos procurar, simplesmente porque o que temos é tão somente o que somos e podemos oferecer de humano, de sentimento, de afetividade. Isso é pouco, isso não tem etiqueta, o dinheiro não compra, isso não revela nosso salário mensal. E, assim, vamos deixando de ser prioridade na vida dos outros, enquanto assistimos aos amigos, parceiros, colegas de trabalho saindo à procura de alguém com quem possam desfrutar de conforto e pretenso sucesso.

Cabe-nos, nesse contexto, manter por perto somente quem vem com verdade e despretensão, quem vem somar, quem vem porque sim, sem interesses, sem cobrar por mais, quem nos enxerga além do que aparentamos. Os demais, que nos procurarão quando em vez, nos momentos em que não encontrarão ninguém e então se lembrarão de nossa existência, deixemos que o tempo e a vida se encarreguem de ensinar-lhes a ser mais gente – se é que pessoas assim são capazes de aprender com os tombos.

Somos humanos, somos sentimentos, não podemos achar que conseguiremos ficar tranquilos sendo opções últimas das pessoas, aceitando o desprezo que convém aos interesses alheios, o descaso de quem só nos enxerga quando quiser, quando estiver sozinho. Sempre seremos prioridade para a pessoa certa, para quem nos ama por inteiro e se entrega sem nem pensar em porquês. Já quem vier com menos, que se apequene para lá, bem longe de nossa felicidade.

Fonte: Marcel Camargo

Não basta encontrar a pessoa certa, Temos que fazer o amor dar certo

Regue as plantas, regue suas relações, regue o seu futuro, porque, sem cuidar, nada floresce.  __Martha Medeiros

Alguém disse, certa vez, ser a posse o túmulo do desejo e, assim, acertou em cheio. A maioria de nós anseia avidamente por algo até que o consiga, quando então aquilo tudo como que parece perder a graça, tendo automaticamente diminuída sua importância para nós. Em seguida, logo voltamos nossos olhos a novos quereres, sempre tentando alcançar o que ainda não possuímos. Agimos assim com as coisas, agimos assim com as pessoas.

Esse comportamento é extremamente nocivo à nossa satisfação pessoal, pois tanto nos distancia do desfrutar prazeroso das conquistas obtidas e das pessoas que cativamos, quanto nos impede de darmos valor ao que somos, ao que temos e a todos que já caminham conosco. A ambição, quando bem direcionada, é necessária, uma vez que nos motiva a não estacionarmos a energia de nossos sonhos.

Contudo, focarmos exclusivamente nossas vidas em conquistas futuras acaba por ceder o terreno que sustenta tudo o que já se encontra conosco e já faz parte de nossa lida.

O perigo consiste, sobretudo, em negligenciarmos as pessoas que nos amam verdadeiramente e chegaram aonde estamos de mãos dadas conosco, apoiando-nos com cumplicidade e comprometimento sincero, ajudando-nos a suportar o peso dos reveses enfrentados – e que não foram poucos. Não devemos somente dar o melhor de nós enquanto tentamos conquistar quem amamos, mas sim manter acesa a chama de sentimentos que nos uniu ao amor de nossas vidas desde o princípio.

Não é porque conquistamos alguém que podemos nos tranquilizar e ignorar as suas necessidades, na certeza de que aquilo durará para sempre por si só, haja o que houver, e fim de cuidados, fim da atenção, fim do cativar. Nossos queridos precisam ser continuamente certificados de que nos importam, de que lhes somos gratos, de que os amamos, e isso não se consegue transmitir através de silêncio, desinteresse, tampouco de corpo presente sem alma, sem calor.

A sedução e a conquista devem permear cada etapa de desenvolvimento dos relacionamentos, de modo a que o outro nunca tenha que conviver com olhares desencontrados, passos descompassados, sonhos compartilhados no vazio, vozes perdidas e sem retorno. Ninguém merece ser ignorado por quem lutou, por quem viveu de dentro, por quem amou verdadeiramente e de forma recíproca. Ninguém deveria frustrar-se frente ao que se dedicou com inteireza, honestidade e doação transparente.

Não podemos, portanto, nos acomodar e deixar de entrelaçar as mãos com quem sempre esteve ali torcendo por nós, acreditando em nossos sonhos, amparando os nossos passos, enxugando nossas lágrimas e comemorando nossas vitórias. Como tão bem nos ensinou o principezinho, seremos eternamente responsáveis por quem cativarmos, pois, tal como as plantas, o amor que não é cultivado e regado, com dedicação e verdade, descolore, arrefece e morre. Simples assim.

Fonte: Marcel Camargo

Deixe o outro ser ele mesmo. Se lhe faz mal, afaste-se, ué.

É muito simples. Assim como os cachorros latem e as pombas arrulham, os gatos miam e as mulas zurram, os patos grasnam e os cavalos relincham, as pessoas falam. E quase sempre falam o que querem, quando e como quiserem. Fazer o quê?

Diferentes das galinhas, que cacarejam quase sempre do mesmo jeito, pessoas se expressam de modos diversos. Porque são diferentes, ora essa! Têm vozes distintas, pontos de vista discrepantes, impressões variadas sobre a vida. Logo, dizem, pensam, sentem e fazem coisas desiguais.

Pior: tem gente que diz uma coisa mas pensa outra, sente uma terceira e faz uma quarta. Acontece muito. Quase sempre, o que uma só pessoa diz é diferente do que ela faz, que por sua vez é diferente do que ela pensa, que é diferente do que ela sente. Mas essa é outra história.

Importa mesmo é que ninguém é obrigado a concordar com nada. Aliás, discordar e divergir não é só um direito de cada um. Quase sempre é um dever! Eu posso e devo discordar de quem faz algo que me ofende ou agride. Aceitar, jamais. Nem em nome da boa convivência! Se eu não aceito, eu me manifesto. E aí é que está: pessoas também são diferentes em seu jeito de se posicionar contra o outro. Tem gente que xinga, que briga, que bate, gente que tenta conversar, explicar, mudar a opinião e o jeito de ser alheios. E tem gente que dá as costas e vai embora. Deixa o outro ser quem ele é e pronto. São os meus favoritos.

A vida é um sopro. Pra que jogar tempo no lixo? Escolho outras pessoas com quem estar ou sigo em frente só. Agora, tentar mudar o outro, transformar as visões e atitudes arraigadas em seu jeito de ser, “corrigir” à força o que achamos errado, aí já é um pouco demais. Tiro n’água, murro em ponta de faca, peteleco na própria orelha. Perda de tempo.

Afinal, o outro não é obrigado a pensar como eu. A sentir como eu sinto. A fazer o que eu faço. Se assim fosse, ele seria eu. E não o outro.

Pensando desse jeito, me custa entender por que tanta gente berra, chora, esperneia e rosna quando avista algum raciocínio aparentemente discrepante do seu. […]

Lamento, mas isso eu não faço.
“Ouvir” o outro não significa necessariamente “concordar” com ele. O fato de eu discordar de alguém não quer dizer que eu me recusei a escutá-lo. Eu ouvi e não concordei, ué.

Deixemos o outro ser quem ele é: o outro. Se ele não me agrada ou me faz mal, passo de lado e sigo em frente. Para longe, para bem longe.

Fonte: A soma de Todos os Afetos

A Importância Do Comprometimento Para O Sucesso Do Relacionamento Amoroso

O pleno comprometimento com o parceiro é um dos pilares do relacionamento amoroso. Sem que esse pilar esteja sólido, o relacionamento fica instável, permanece superficial e tem alta chance de terminar.

Como podemos aprofundar e manter o relacionamento com uma pessoa quando não sabemos por quanto tempo ela estará conosco, quão extenso e profundo são os seus compromissos conosco e quanto ela vai cuidar para que esse relacionamento tenha boa qualidade?
Uma vez que nos comprometamos, as consequências desse compromisso nos motivam para que cuidemos do relacionamento: “Já que entramos na canoa, temos que fazer o possível para que ela não afunde e navegue bem”. A pessoa com quem nos comprometemos também fica mais segura e motivada para se comprometer conosco.

Dimensões do comprometimento
O comprometimento tem pelo menos duas dimensões importantes:
1- Comprometimento para permanecer no relacionamento e evitar situações que possam colocar em risco essa permanência. Por exemplo, evitar colocar-se em situações que aumentem a chance de traição.
2- Comprometimento para cuidar do relacionamento e do parceiro. Para que o relacionamento dure, é necessário que ele tenha boa qualidade: os parceiros devem cuidar dele no dia a dia. Essa dimensão é muito importante. Muitas pessoas acham, equivocadamente, que para se comprometer basta não trair e não tomar iniciativas de terminar o relacionamento.
Segundo Robert J. Sternberg, autor de a Teoria Triangular do Amor: “Quanto de intimidade, paixão e compromisso existe entre você e seu parceiro amoroso?”) a “decisão/comprometimento” pode ser identificada pelas seguintes questões:
1- Você espera que o compromisso com o parceiro dure pelo resto da vida?
2- Quão determinada você está em se esforçar para manter esse compromisso?
3- Quão certo você está do seu amor pelo parceiro?
4- Você não consegue se imaginar fora deste relacionamento?
5- Você evita situações que poderiam por em risco o compromisso com seu parceiro?
6- Você imagina que o seu compromisso com o seu parceiro é tão forte que resistiria a grandes provas?

Sinais de evitação do comprometimento
Você está evitando estabelecer ou aumentar o grau de compromisso com o parceiro quando:
1- Você evita apresentar o parceiro para seus colegas, conhecidos e parentes. Por exemplo, você não o convida para festas da sua escola ou para conhecer o seu local de trabalho.
2- Você evita fazer planos com ele sobre a evolução do relacionamento. Por exemplo, você evita fantasiar junto com o parceiro como será a vida quando morarem juntos, casarem ou tiverem filhos.
3- Você evita expandir o relacionamento. Por exemplo, você evita dormir na casa do parceiro ou vê-lo informalmente toda vez que surge uma oportunidade.
4- Frequentemente, você ameaça ou tenta terminar o relacionamento.
5- Você mantém o relacionamento restrito a certos setores. Por exemplo, evita compartilhar com o parceiro seus planos profissionais.
6- Nas redes sociais, você evita assumir o parceiro ou mostrar que está comprometido com ele. Por exemplo, não muda o seu status no Facebook e evita postar fotos onde vocês dois apareçam de forma comprometedora (de mãos dadas, abraçados ou beijando, por exemplo).

Motivos para não comprometer-se
Existem diversos tipos de motivos que dificultam o comprometimento com o parceiro amoroso. Os principais deles são os seguintes:
Parceiro não atraente na área amorosa. Quando a outra pessoa não atrai como parceira amorosa, geralmente não há motivos para comprometer-se com ela. Neste caso, o não comprometimento é esperado e saudável. Na nossa cultura, a atração mútua é um requisito para o comprometimento amoroso.
O parceiro é atraente na área amorosa, mas possui algum inconveniente sério que dificulta comprometer-se com ele. Por exemplo, o parceiro é fisicamente atraente, mas o seu nível econômico está muito aquém do outro parceiro.
Dificuldade psicológica para comprometer-se. Certas pessoas têm dificuldades para comprometerem-se amorosamente mesmo quando as condições são muito favoráveis. Muitas dessas pessoas têm facilidade para iniciarem relacionamentos amorosos, mas se apressam em termina-los assim que começa a “ficar sérios demais”. Essas pessoas ficam em conflito: sentem muita atração pelo parceiro, mas, por outro lado, veem motivos para não se comprometer muito profundamente com ele.
O filme “Noivas em Fuga”, dirigido por Garry Marshall, relata o caso de uma moça (interpretada por Julia Roberts) que tem um histórico de várias fugas do casamento e como isso é vencido pelo “mocinho” (interpretado por Richard Gere).

Causas psicológicas da dificuldade para comprometer-se. Algumas dessas causas são as seguintes:
1- Traumas provocados por decepções em relacionamentos amorosos anteriores. Medo de investir no relacionamento e sofrer quando ele não dá certo, tal como já ocorreu anteriormente.
2- Estilo de apego evitativo. Quem tomou conta na infância era frio e distante e atendia pouco as necessidades da criança. A pessoa que teve essa experiência na infância não espera coisas boas de outras pessoas e acha que provoca poucas coisas boas nos outros.
2- Medo de abrir mão de outras possibilidades: renunciar a outras opões já existentes ou perder opções futuras.
3- O parceiro tem características que impedem o comprometimento com ele. Apesar disso, ele tem outras características que produziram o envolvimento com ele. Por exemplo, ele ganha pouco demais. Por outro lado, ele sabe como produzir a intimidade, despertou o romantismo e é atraente sexualmente.
4- Perceber mais vantagens em permanecer descomprometido do que em comprometer-se. Os “solteirões convictos”.

Fonte: Ailton Amélio, psicólogo clínico, doutor em Psicologia e professor do Instituto de Psicologia da USP

Nunca se culpe por fazer a coisa certa

Sim, estamos no mundo para sofrer por amor, para sermos enganados por nós mesmos e pelos outros, manipulados, ignorados, mas também amados, queridos, acolhidos. Estamos no mundo para rir de nós mesmos, da nossa ingenuidade, dos absurdos que dizemos quando estamos tristes, confusos e sozinhos.

Nunca se culpe por ter amado. Por ter confiado. Por ter ajudado. Nunca se culpe por acreditar na bondade humana, na amizade verdadeira, no amor eterno. Nunca se culpe por pagar as contas em dia, ser dedicado ao seu trabalho, honrar seus compromissos. Nunca se culpe por dizer a verdade construtiva e pregar pequenas mentiras a fim de não magoar as pessoas. Nunca se culpe por algo que não deu certo apesar de todo empenho empregado. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

Amou e não foi amado? Paciência. Acreditou que tinha um amigo de verdade e não tinha? Azar do falso amigo que perdeu o seu carinho e atenção. Ajudou alguém e recebeu ingratidão? O problema não está com você com certeza.

Por alguma razão que não sei explicar algumas pessoas ficam ressentidas quando são amparadas e transformam o gesto de carinho em uma arma contra quem as ajudou. Uma espécie de sentimento de inferioridade. Uma raiva forte por ter dependido da bondade alheia. A tristeza por deparar-se com as próprias limitações. Limitações comuns à raça humana. Ninguém é autossuficiente.

Se o outro mentiu, não é você que deve se sentir magoado. Se o outro foi desleal, não é você que deve se sentir traído. Se o outro foi ingrato, não é você que deve se sentir tolo. Tolo é quem não consegue ver a beleza da solidariedade. Tolo é quem acha perda de tempo ajudar as pessoas. Tolo é quem se acha superior aos outros, autossuficiente. Tolo é quem ignora o sofrimento alheio.

Tolo é que nunca se permitiu acreditar em nada e deixa a vida passar sem cor, sem odor, sem gosto.

Pode soar como loucura ou poesia barata, mas tolice é deixar de viver, de amar, de acreditar, de se entregar aos sentimentos, sensações e desafios da vida. Tolice é deixar de amar por medo de ser desprezado. Tolice é deixar de fazer uma prova por medo de ser reprovado. Tolice é deixar de fazer um convite por medo de ouvir um não. Tolice é dizer que nada muda no mundo por preguiça de arregaçar as mangas.

Sim, estamos no mundo para sofrer por amor, para sermos enganados por nós mesmos e pelos outros, manipulados, ignorados, mas também amados, queridos, acolhidos. Estamos no mundo para rir de nós mesmos, da nossa ingenuidade, dos absurdos que dizemos quando estamos tristes, confusos e sozinhos.

Estamos no mundo para ganhar e perder. Ganhar aprendizado perdendo o que julgamos mais querer. Estamos no mundo ao sabor das intempéries da natureza e precisamos aprender a nadar na marra quando formos arremessados no mar das incertezas. Viver é não saber. É não entender. É perdoar …é se perdoar e seguir em frente. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

Fonte: Silvia Marques

Não mendigue a atenção de ninguém, e muito menos o amor

Não mendigue o amor de quem não tem tempo para você, de quem só pensa em si mesmo. Nunca faça isso. Quem faz você se sentir invisível e insignificante diante de uma indiferença não te merece. Só te merece quem, com atenção, faz você se sentir importante e presente.

O amor deve ser demonstrado, mas nunca, jamais, deve ser mendigado. O fato de haver necessidade de mendigar amor é o mais fiel reflexo de uma injustiça emocional, de um desequilíbrio do sentimento que sustenta a relação.

Merece seu amor aquele que diz menos, mas faz mais. Não te merece quem só te procura quando precisa, mas sim quem está ao seu lado quando você precisa, e não só quando o interesse pessoal permite. Merece seu amor quem, sem esperar nada, leva esse sentimento dentro de si e faz você sentir que é importante.

No fim é simples, a pessoa que te merece é aquela que, tendo a liberdade de escolher, fica perto de você, dedicando seu tempo e seus pensamento.

Não existe falta de tempo, existe falta de interesse

Dizem que não existe falta de tempo, mas sim falta de interesse porque, quando realmente se quer, a madrugada se transforma em dia, terça-feira se transforma em sábado e um momento se transforma em oportunidade.

Também dizem que quem espera muito, se decepciona e sofre. Assim, temos que checar nossas expectativas e colocar na cabeça o ensinamento: “não espere nada de ninguém, espere tudo de você mesmo”.

Porque as esperanças e as expectativas são, muitas vezes, a base dos fracassos emocionais e, portanto, de percepção das atitudes dos outros como falta de interesse.
Quando percebemos o que os outros fazem ou dizem como mentiras, obviamente sentimos dor. Uma dor emocional que a nível cerebral se comporta da mesma forma que uma dor física.

Nesse sentido cabe fazer uma nota importante: devemos dar ao mal-estar psicológico a importância que ele merece. Não nos ocorreria ignorar fortes pontadas no estômago ou uma dor de cabeça forte e constante.
Por que deveríamos ignorar a dor emocional então? Não podemos simplesmente deixar que o tempo cure, temos que trabalhar sobre a dor e extrair dela os ensinamentos cabíveis do mesmo modo que deixaríamos de tomar chocolate quente se descobríssemos que é ele a causa da nossa dor de estômago.

Isso é muito importante porque socialmente há a falsa crença de que o mal-estar psicológico é sinal de fraqueza e que, ao mesmo tempo, o tempo curará as feridas sem necessidade de desinfetá-las, nem de fazer curativos ou cuidados para evitar que sangrem.

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Valorize-se, queira bem a si mesmo

Dedique tempo às pessoas que merecem e que fazem você se sentir bem. Não mendigue atenção, amizade, nem amor de ninguém. Quem quiser estar com você demonstrará sua intenção, cedo ou tarde.

Por isso, se você está vivendo uma situação de injustiça emocional angustiante, lembre-se:

– Não procure quem não o procura e não responde aos seus chamados. Não busque quem não sente sua falta. Não sinta a falta de quem não te busca. Não escreva a quem não te escreve, não se submeta ao castigo da indiferença que fica clara diante de mensagens ignoradas ou silêncios infundados.

– Não espere quem não te espera, valorize-se e deixe de mendigar e de implorar por amor. Porque, como dissemos, o amor deve ser demonstrado e sentido, mas jamais implorado. Guarde seu carinho para quem te quer e te compreende sem qualquer julgamento.

– E, sobretudo, não se esqueça do valor do seu sorriso diante do espelho, ame a si mesmo e valorize-se por tudo o que você é, e não pelo que alguém que não te merece faz você pensar de si mesmo. Ame-se e compreenda que o fato de que alguém o trata mal não quer dizer que você não deva fazer o impossível para rodear-se de pessoas que te fazem o bem e te querem bem.

Fonte: Efeito de Luz

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